Em geral, os contos de enigma "apresentam" ao leitor algumas informações iniciais relacionadas ao tempo e ao espaço da narrativa.
As narrativas de enigma se caracterizam, entre outros elementos, por apresentar um crime ou um mistério a ser desvendado. Por esse motivo, essas histórias, geralmente, apresentam a figura de um detetive ou de alguém que desempenha o papel de esclarecer o enigma, tornando-se um herói após desmembrar todo o "problema".
Alguns elementos do gênero:
* Há sempre um mistério a ser desvendado.
* A investigação do enigma corresponde ao foco principal da história.
* Caso o mistério corresponda a um crime, no início da narrativa são apresentados alguns indícios deixados pelo culpado.
* Conforme surgem pistas sobre o crime, possíveis culpados e novos suspeitos ganham destaque na narrativa.
* Os enigmas são desvendados por meio de raciocínio lógico.
* O suspense, o medo e o desejo de saber são ingredientes importantes na trama.
* Os contos de enigma estabelecem um jogo entre o leitor e a narrativa.
As narrativas de enigma se caracterizam, entre outros elementos, por apresentar um crime ou um mistério a ser desvendado. Por esse motivo, essas histórias, geralmente, apresentam a figura de um detetive ou de alguém que desempenha o papel de esclarecer o enigma, tornando-se um herói após desmembrar todo o "problema".
Alguns elementos do gênero:
* Há sempre um mistério a ser desvendado.
* A investigação do enigma corresponde ao foco principal da história.
* Caso o mistério corresponda a um crime, no início da narrativa são apresentados alguns indícios deixados pelo culpado.
* Conforme surgem pistas sobre o crime, possíveis culpados e novos suspeitos ganham destaque na narrativa.
* Os enigmas são desvendados por meio de raciocínio lógico.
* O suspense, o medo e o desejo de saber são ingredientes importantes na trama.
* Os contos de enigma estabelecem um jogo entre o leitor e a narrativa.
* Por meio do texto, o leitor assume uma postura investigativa.
O MISTÉRIO DO SOBRINHO PERFUMADO
Este caso, que Zezinho Sherlock também esclareceu com a maior facilidade, começou num sábado à tarde. Mas o nosso herói só soube dele no domingo, quando foi visitar o tio, o delegado Orlando Quental, chefe do Departamento Especial da Polícia. (...)
- O que foi que aconteceu, desta vez?
- Enforcaram uma velha agiota, em Bonsucesso. Temos um suspeito, mas não podemos provar nada contra ele. Esse suspeito, que está detido na vigésima primeira delegacia, é um sobrinho da vítima. Também temos uma testemunha que o acusa de ter assassinado a velha, para roubar o dinheiro do cofre.
- Ah! Essa testemunha viu alguma coisa?
- Aí é que está. Não vou, mas sentiu. A testemunha é um cego.
- Puxa! O caso é interessante, titio. Como é que um cego pode ser testemunha de vista?
- Eu não disse que ele é testemunha de vista. Mas suas declarações comprometem o rapaz. E o cego não teria interesse em acusar o suspeito se não estivesse certo do que diz. O diabo é que o rapaz acabou confessando que esteve no local do crime, mas nega ter enforcado a tia.
- Ele é o único herdeiro?
- Parece que sim. A velha não tem outros parentes mais chegados. Morava sozinha e vivia de rendimentos e de emprestar dinheiro a juros.
- Comece pelo princípio, titio – pediu Zezinho, cruzando as pernas e ajeitando um cacho de cabelos negros que teimava em cair sobre os seus óculos.
- O caso é o seguinte: ontem à tarde, alguém ligou para a delegacia de Bonsucesso e comunicou que havia uma mulher morta, num pardieiro de um beco, na Avenida dos Democráticos. Uma patrulhinha, que estava nas proximidades, correu ao local e ali encontrou o corpo da Sra. Matilde Rezende. A polícia já a conhecia de nome e sabia que ela era agiota e avarenta, mas nunca a incomodou. É difícil provar que os agiotas estão agindo fora da lei. O corpo estava caído na sala da frente, que fazia as vezes de escritório. Alguém tinha entrado na casa, sempre fechada a sete chaves, e estrangulado a velha com uma corta de náilon. O cofre da sala estava aberto e vazio. Ora, a empregada jurou que a patroa tinha muito dinheiro naquele cofre.
- Ah! Então, temos uma empregada, hein?
- Sim. É uma outra velha, ausente na hora do crime. Tinha ido fazer comprar e só voltou quando a polícia já estava na casa. Ela disse que não sabia quem tinha ido visitar a patroa, mas afirmou que o sobrinho dela é um marginal, desempregado crônico, e andava de olho no dinheiro da tia...
- Nem todo desempregado é marginal, titio. Assim como nem pistoleiro é bandido, pois a polícia também usa pistola... Roubaram tudo do cofre? Se a vítima emprestava dinheiro a juros, devia haver alguma promissória, ou vale, ou essas coisas que eu não conheço direito...
- Havia outros papéis, na sala, mas jogados no chão. O assassino deve ter obrigado a velha a abrir o cofre, para roubar o dinheiro. Só deixou os documentos.
- E onde é que entra o cego? – perguntou Zezinho, deleitado com a história. – O cego é um marginal, um camelô sem licença, que estava na entrada do beco. Alguns vizinhos o viram ali, com um cachorro e um tabuleiro, desde manhã cedo.
- Nem todo camelô é marginal – repetiu Zezinho Sherlock. – A polícia tem o costume de dizer que o que não é direito está torto, mas há um exagero nisso... E o que foi que esse cego viu? Ou melhor: o que foi que ele pressentiu?
O dr. Quental apanhou um papel datilografado em cima da escrivaninha e consultou-o.
- Tenho aqui o depoimento do cego – disse, depois, mostrando o papel. – Ele estava vendendo bijuterias, na entrada do beco, acompanhado pelo cachorro. Quando os patrulheiros chegaram tentou fugir, com o tabuleiro na cabeça, mas um soldado o apanhou logo adiante. Ele pensava que fosse o “rapa”... Depois que o corpo da velha foi encontrado, o testemunho do cego tornou-se muito valioso.
- Por quê?
- Porque ele identificou o sobrinho da vítima, pelo perfume. Ouça o que ele diz – e o delegado passou a ler um trecho do papel datilografado. – “ A certa altura, ouvi uns passos pesados e um homem, usando um perfume de alfazema, passou por mim e entrou no beco. E sei que era um homem porque seus passos eram pesados , e ele pigarreou. Um minuto depois, senti uma outra vez o mesmo perfume e o homem passou por mim, andando muito depressa, descabelado, quase correndo, como se estivesse fugindo de alguma coisa. Aprendi a conhecer as pessoas pelos passos e pelo cheiro... Direitinho como o meu cachorro”.
- Exatamente. O rapaz tem vinte e cinco anos e não exerce nenhuma profissão. Já trabalhou como balconista de uma loja de ferragens, mas foi despedido há três anos. Quando foi detido, negou ter estado na casa da tia, mas o seu perfume o denunciou. Ele usa uma loção de lavanda inglesa.
- Certo – murmurou Zezinho. – Alfazema e lavanda inglesa é a mesma coisa... E depois o rapaz acabou confessando que esteve no pardieiro?
- Pois é. Acabou confessando. Mas disse que encontrou a porta aberta e a tia morta, na sala, com uma corda no pescoço. Então saiu correndo e telefonou para a polícia, mas não se identificou. O que é que você acha disso?
- Tudo me parece claro, titio – disse Zezinho Sherlock. – O sobrinho perfumado pode estar dizendo a verdade, pois o cego é um grande mentiroso! [...]
Por que Zezinho chegou a essa conclusão?
Se você ainda não descobriu a mentira do camelô, leia o final da história na p. 237, _`[{do livro em tinta_`] no final do livro*.
(Helio de Soveral. Zezinho Sherlock em dez mistérios para resolver. Rio de Janeiro, Ediouro, 1986. P. 30-35)
Fonte: http://aprendendoportuguesnaescola.blogspot.com.br/2013/03/conto-de-enigma.html. Data do acesso: 03 de maio de 2013.
O DETALHE SEMPRE ESQUECIDO"A velha tese de que todo criminoso, por mais esperto, sempre deixa uma pista, mesmo nos crimes meticulosamente planejados, está perfeitamente ilustrada neste caso", observou o Professor Streva, a um grupo de amigos."Eu me encontrava em Colshire, um agradável vilarejo inglês, quando a polícia local pediu minha colaboração num caso de difícil solução."Um homem fora brutalmente assassinado. As suspeitas recaíram num sujeito de baixo nível social e cultural, semi-analfabeto, acusado de ter enviado o seguinte bilhete encontrado na mesa do morto:
"Dotôr Jones. Cuando lhe _ l vi o senhor da ultima veis, _ l eu disse que era para _ l valher: eu ia matar o senhor _ l si a grana não estivesse _ l aquí sigunda fêra; cen _ l fartar nen um tustão." _ l _l Um abrasso, _
"Quando Simpson, o chefe de polícia, pediu minha opinião, fiz-lhe ver que o autor do bilhete -- e portanto o provável autor do crime -- não poderia ser um homem de baixo nível cultural e, muito menos, semi-analfabeto. Depois de ouvir minhas conclusões, ele concordou comigo. As investigações tomaram outro rumo, o assassino foi capturado e, conforme eu suspeitara, tinha bons conhecimentos gerais, inclusive linguísticos.""Tudo bem, Professor", interveio um dos participantes da roda, "mas não é isso que dá a entender a carta que foi escrita." *O que levou o professor à conclusão de que o autor da carta não era inculto*?l *Solução* _ l _ l O bilhete, cheio de erros _ l de grafia e redigido com _ l péssima letra, era correto _(In: *95 casos policiais*.l em todos os detalhes de pon- _ l tuação, como o uso do ponto, _ l dois-pontos e ponto-e-vír- _ l gula. Uma pessoa iletrada _ l não teria condição de aten- _ l der com acerto a esses de- _ l talhes de ordem gramatical. _ l A força do hábito de se ex- _ l pressar com correção fez o _ l criminoso esquecer o detalhe _ l que o traiu. _ h::::::::::::::::::::::::::::::::j Ediouro, 1985.)
Disponível em: http://www.ibc.gov.br/media/common/Livros_Adaptados_IBC_PNLD_2004_b_portugues_8serie_Ideias_e_Linguagens_6%C2%AC%20parte.txt. Acesso dia 23/03/15.
nome=francisco kelvin silva soares
ResponderExcluirsala=09
turno=tarde
7 serie
nao deu tenpo de eu ler o conto mas eu vo ler quando eu chegar do colegio pq a senhora boto o conto de enigma muito tarde hj
ExcluirO que e conto de anigma?
ResponderExcluirseu ..
Excluirquero mais contoooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooool
ResponderExcluir