Leia o início do conto “Circo”, de Luiz
Vilela, e responda às questões 1, 2 e 3.
Eu estava
no terreiro brincando quando escutei os foguetes e a voz do homem falando no
alto-falante, e então fui correndo pra rua gritando: o circo chegou! o circo
chegou! Ele já estava na esquina e eu trepei no muro pra ver ele passar e então
ele veio passando com a perua de alto-falante na frente de tudo, depois o
palhaço comprido de pernas de pau tocando um tamborzinho, pim pim pim, e o
palhaço anãozinho tocando um tamborzão, pom pom pom, era engraçado, depois a
moça bonita que era a moça do trapézio junto com o homem do trapézio no jipe
enfeitado com fitas de muitas cores, depois a jaula com o leão desenhada com
soldadinhos de cara gordinha, o leão deitado só olhando, era de fazer medo na
gente, e depois atrás de tudo o elefante cor de barro andando pesadão,
balançando a cabeça, e eu gritei: ô elefantão! e desci do muro e fui pro meio
da meninada andar atrás dele, que parecia muito mansinho, e eu quis encostar a
mão nele, mas não encostei de medo dele fazer alguma coisa [...].
(Contos
da infância e da adolescência. São Paulo: Ática. 2008. p. 30.)
10. A
chegada do circo é descrita pelo narrador-personagem:
a) na
sequência em que ocorre o desfile das diversas atrações.
b) com um foco apenas nos sons e nas
cores.
c) com um foco apenas nos animais.
d) com foco somente nos artistas.
11. A
maneira como o narrador-personagem descreve a chegada do circo revela que o
acontecimento despertava nele:
a) temor. b) entusiasmo. c) apreensão. d) frustração.
12. No
texto, o emprego de termos nos graus aumentativo e diminutivo ajuda a
caracterizar a experiência vivida pelo narrador na infância. Isso não é
totalmente verdadeiro apenas em:
a) "tocando um tamborzinho, pim pim pim, e
o palhaço anãozinho tocando um tamborzão, pom pom pom"
b) "desenhada com soldadinhos de cara
gordinha".
c) "e eu gritei: ô elefantão!",
d) "parecia muito mansinho".
Querido Diário, não tenho mais
dúvida de que este mundo está virado ao avesso! Fui ontem à cidade com minha
mãe e você não faz ideia do que eu vi. Uma coisa horrível, horripilante,
escabrosa, assustadora, triste, estranha, diferente, desumana... E eu fiquei
chateada.
Eu vi um homem, um ser humano, igual a
nós, remexendo na lata de lixo. E sabe o que ele estava procurando? Ele
buscava, no lixo, restos de alimento. Ele procurava comida!
Querido Diário, como pode isso?
Alguém revirando uma lata cheia de coisas imundas e retirar dela algo para
comer? Pois foi assim mesmo, do jeitinho que estou contando. Ele colocou num
saco de plástico enorme um montão de comida que um restaurante havia jogado
fora. Aarghh!!! Devia estar horrível!
Mas o homem parecia bastante
satisfeito por ter encontrado aqueles restos. Na mesma hora, querido Diário,
olhei assustadíssima para a mamãe. Ela compreendeu o meu assombro. Virei para
ela e perguntei: “Mãe, aquele homem vai comer aquilo? ” Mamãe fez um “sim” com
a cabeça e, em seguida, continuou: “Viu, entende por que eu fico brava quando
você reclama da comida? ”.
É verdade! Muitas vezes, eu me
recuso a comer chuchu, quiabo, abobrinha e moranga. E larguei no prato, duas
vezes, um montão de repolho, que eu odeio! Puxa vida! Eu me senti muito
envergonhada!
Vendo aquela cena,
ainda me lembrei do Pó, nosso cachorro. Nem ele come uma comida igual àquela
que o homem buscou do lixo. Engraçado, querido Diário, o nosso cão vive bem
melhor do que aquele homem. Tem alguma coisa errada nessa história, você não
acha?
Como pode um ser humano comer comida
do lixo e o meu cachorro comer comida limpinha? Como pode, querido Diário,
bicho tratado como gente e gente vivendo como bicho? Naquela noite eu rezei,
pedindo que Deus conserte logo este mundo. Ele nunca falha. E jamais deixa de
atender os meus pedidos. Só assim, eu consegui adormecer um pouquinho mais
feliz.
(OLIVEIRA, Pedro Antônio.
Gente é bicho e bicho é gente. Diário da Tarde. Belo Horizonte, 16 out. 1999).
13. A
narradora inicia seu relato afirmando não ter mais dúvida de que o mundo está
“virado ao avesso”? Por que ela afirma isso?
_________________________________________________________________________
Leia o poema abaixo,
de Ferreira Gullar.
O açúcar
O branco açúcar que adoçará meu café
nesta manhã de Ipanema
não foi produzido por mim
nem surgiu dentro do açucareiro por milagre.
Vejo-o puro
e afável ao paladar
como beijo de moça,
água na pele,
flor que se dissolve na boca.
Mas este açúcar
não foi feito por mim.
Este açúcar veio
da mercearia da esquina
e tampouco o fez o Oliveira,
dono da mercearia.
Este açúcar veio
de uma usina de açúcar em Pernambuco
ou no Estado do Rio
e tampouco o fez o dono da usina.
Este açúcar era cana
e veio dos canaviais extensos
que não nascem por acaso
no regaço do vale.
Em lugares distantes, onde não há
hospital nem escola,
homens que não sabem ler e morrem
aos vinte e sete anos
plantaram e colheram a cana
que viria a ser o açúcar.
Em usinas escuras, homens de vida amarga e dura
produziram este açúcar branco e puro
com que adoço meu café esta manhã em Ipanema.
14. De acordo com o poema acima, o açúcar foi produzido:
a) em uma mercearia. b) pelo poeta.
c) em uma usina. ) dentro
do açucareiro.
15. Por que os homens que trabalham nas usinas fabricando o açúcar têm a
vida amarga?
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Leia atentamente a tira a seguir.
16. O dono de Garfield disse para o gato que queria ficar
sozinho, mas este resolveu ficar de guarda, porque:
a) ele
queria proteger o amigo. b) ele não
queria sair.
c) ele
entendeu errado.
d) ele também queria fica sozinho.
A ÁGUA
O consumo mundial de água
triplicou em 1950. Mas as reservas de água do nosso planeta não acompanharam o
aumento do consumo, continuando, assim, nos mesmos níveis. O que chama atenção,
também, é que nas últimas décadas o consumo médio de água tem se ampliado cerca
de 50%. Usando uma torneira aberta durante 5 minutos, para escovar os dentes ou
fazer a barba, se gasta em média 12 litros de água. Algumas maneiras de economizar
até 2 litros de água são: escovar os dentes utilizando um copo de água, fazer a
barba colocando um tampão na pia. Uma torneira que fique gotejando um dia
inteiro gasta cerca de 45 litros de água. Outra atitude que desperdiça muita
água é um banho demorado. Uma descarga chega a gastar 19 litros de água. Por
isso recomenda-se que sejam trocadas as válvulas de descarga antigas por
válvulas novas que têm duas opções de descarga, e para quem não pode trocar a
descarga devem-se evitar descargas desnecessárias e prolongadas. Devemos ter
consciência de que a água é um bem essencial para a vida de todos, pois nós
podemos passar até 28 dias sem comer, mas apenas três dias sem água.
17.
O texto A Água é um texto usado na escola. Ele trata da falta de água no
nosso planeta e
a) avisa que a água está aumentando.
b) dá dicas de como encontrar água.
c) informa sobre a diminuição do consumo
de água.
d) esclarece que podemos ficar apenas 3
dias sem água.
18.
De acordo com o texto A Água, uma torneira pingando o dia todo
desperdiça mais ou menos
a) 12 litros de água.
b) 45 litros de água.
c) 19 litros de água.
d) 2 litros de água.
19.
O assunto principal do texto A Água é
a) o fato de as pessoas terem diminuído
o consumo de água nos últimos anos.
b) a necessidade de aumentar o consumo
da água.
c) a necessidade de economizar água.
d) a quantidade de água gasta no dia a
dia de uma casa.
20.
“O
consumo de água triplicou em
1950. ”
A palavra destacada significa:
a) aumentou três vezes.
b) diminuiu.
c) dobrou.
d) aumentou trinta vezes.
Leia
atentamente.
Olá,
turminha da revista Ciência Hoje, na biblioteca de minha escola tem suas
revistas. Todas as vezes de trocar o livro, eu pego uma e, como sempre, me
encanto!!!!!!!
Giovana Soares Martins
|
21. Essa cartinha foi escrita por uma menina para a:
a) bibliotecária de sua escola.
b) Giovana Soares Martins.
c) revista Ciência Hoje.
d) sua professora de Ciências.
PIADA PRONTA...
Está um trânsito terrível. Para distrair
o menino, que já estava um pouco impaciente com a demora para chegar à casa da
vovó, a tia conversa com o sobrinho pequeno. Eles ficam dizendo as cores dos
carros e das motos que estão ao redor.
De repente, o menino aponta para o
veículo que está logo atrás do carro deles e exclama:
– Um ônibus!
Ao que a tia, sabichona, achando que
estava puxando o maior papo, responde:
– Nossa! Para onde será que ele está
indo?
E o menino, já meio entediado daquela
prosa, dispara:
— Pra frente, tia!
22. O que produz o humor nessa piada?
a) A tia que se achava muito sabida.
b) A brincadeira de dizer as cores dos
veículos.
c) a pergunta boba feita pela tia.
d) a resposta inesperada do sobrinho.
23. No texto A
Piada, detectamos uma linguagem informal em:
a) “– Um ônibus!”
b) “ [...] Para onde será que ele está
indo?”
c) “ — Pra frente, tia!”
d) “[...] a tia conversa com o sobrinho
pequeno.”
LEIA ATENTAMENTE A TIRA ABAIXO.
24.
Analisando o diálogo e a reação das personagens, conclui-se que Zé Carioca está
tentando esconder:
a)
que é muito rico.
b)
que é pobre e mora na favela.
c)
que está interessado por outra pessoa.
d)
que está interessado na garota.
25. “Toda vez que ela me olha, sinto uma
vertigem na cabeça.”
O Zé
Carioca está falando de quem?
a) da namorada que deixou na favela.
b) da namorada que está viajando.
c) da garota que está no carro.
d) da boneca que está com a garota.
26. Pela
narrativa apresentada no quadrinho, entende-se que “O Amigo da Vez” é aquele
que:
a)
Em uma festa fica sem consumir bebidas
alcoólicas para poder dirigir com segurança.
b)
Possui carteira de habilitação entre os que
estão bebendo.
c)
Bebe controladamente para poder dirigir.
d)
Embriaga-se, por isso deve ser carregado pelos
amigos.
27. No último quadrinho, o
rapaz usa a expressão: DROGA!
Pela sua fisionomia, a
palavra usada e a forma do balão, pode-se deduzir que ele
a) estava feliz.
b) estava triste.
c) estava surpreso.
d) estava esperançoso.
O conto da
mentira
Rogério Augusto
Todo dia Felipe inventava uma mentira. “Mãe, a vovó tá no telefone!”. A
mãe largava a louça na pia e corria até a sala. Encontrava o telefone mudo.
O garoto havia inventado morte do cachorro, nota dez em matemática, gol
de cabeça em campeonato de rua. A mãe tentava assustá-lo: “Seu nariz vai ficar
igual ao do Pinóquio!”. Felipe ria na cara dela: “Quem tá mentindo é você! Não
existe ninguém de madeira!”.
O pai de Felipe também conversava com ele: “Um dia você contará uma
verdade e ninguém acreditará!”. Felipe ficava pensativo. Mas no dia seguinte...
Então, aconteceu o que seu pai alertara. Felipe assistia a um programa
na TV. A apresentadora ligou para o número do telefone da casa dele. Felipe
tinha sido sorteado. O prêmio era uma bicicleta: “É verdade, mãe! A moça quer
falar com você no telefone pra combinar a entrega da bicicleta. É
verdade!”.
A mãe de Felipe fingiu não ouvir. Continuou preparando o jantar em
silêncio. Resultado: Felipe deixou de ganhar o prêmio. Então, ele começou a
reduzir suas mentiras. Até que um dia deixou de contá-las. Bem, Felipe cresceu
e tornou-se um escritor. Voltou a criar histórias. Agora, sem culpa e sem medo.
No momento está escrevendo um conto. É a história de um menino que deixa de
ganhar uma bicicleta porque mentia...
28. Percebe-se traço da
informalidade em:
a) “Quem tá
mentindo é você! Não existe ninguém de madeira!”.
b) “Então,
aconteceu o que seu pai alertara.”.
c) “Continuou
preparando o jantar em silêncio.”.
d) “É a história
de um menino que deixa de ganhar uma bicicleta porque mentia...”.
Leia os
poemas abaixo atentamente.
Quadras populares
1-
Você me mandou cantar
Pensando que eu não sabia
Pois eu sou que nem cigarra
Canto sempre todo dia.
****
2-
Já fui galo, já cantei
Já fui dono do terreiro
Não me importo que outras cantem
Onde eu já cantei primeiro.
(AZEVEDO,
Ricardo. Bazar do Folclore. São Paulo: Ed. Ática. 2002).
29. Os dois poemas falam:
a) da arte de cantar. b) de quem canta
desolado.
c) de quem não sabia cantar. d) do galo cantor dono do terreiro.
30. O poema Quadras populares
faz uso de verbos no mesmo tempo, para dá musicalidade. O tempo utilizado foi:
a) presente. b) pretérito
perfeito.
c) pretérito imperfeito.
d) futuro do presente.
Leia o texto a
seguir.
Era uma vez uma linda jovem chamada Fátima,
cujo pai era um comerciante rico. Um dia, ele a avisou de que viajariam de
navio para uma ilha onde tinham vários amigos com filhos da idade dela.
— Talvez você encontre um noivo entre esses
rapazes — disse-lhe o pai. Durante a viagem houve uma terrível tempestade em
alto-mar. Todos os tripulantes morreram, inclusive o pai de Fátima, e apenas
ela conseguiu chegar até a praia, onde adormeceu de tanto cansaço. Quando
despertou, não sabendo o que fazer, saiu caminhando pela areia. Uma família de
tecelões que passava por ali viu e, sentindo pena daquela moça tão linda e
desamparada, convidou Fátima para morar em sua casa. […]
Heloísa
Prieto. “Lá vem história”. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 1997. p. 40.
31. Na passagem “[…] onde
adormeceu de tanto cansaço.”, o pronome “onde” retoma o lugar onde Fátima adormeceu.
Pode-se afirmar que ela adormeceu:
a) na ilha b) na
praia c) na areia d) na casa da família de
tecelões
Leia
o texto abaixo.
Quadrilha
João amava Teresa que amava Raimundo que amava Maria que
amava Joaquim que amava Lili que não amava ninguém.
João foi para os Estados Unidos, Teresa para o convento,
Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia, Joaquim suicidou-se e Lili
casou com J. Pinto Fernandes que não tinha entrado na história.
ANDRADE, Carlos Drummond de. Disponível em:
<http://www.jornaldepoesia.jor.br/drumm.html>
32. De acordo com esse texto, a
personagem Lili
a)
casou-se com Joaquim.
b) casou-se com J. Pinto.
c)
foi para o convento. d) morreu de
desastre.
33. O que a frase acima
quer dizer é
a) que você deve andar alegre, pois faz bem à saúde.
b) que você deve andar deprimido, pois faz bem à saúde.
c) que você deve andar descansado, pois faz bem à saúde.
d) que você deve andar desconfiado, pois faz bem à saúde.
34.
Os verbos: pegue e jogue foram usados na tira para
a) dá instrução.
b) informar.
c) reforçar.
d) aconselhar.
e) emocionar.
35.
Após ler a tira acima, percebe-se que a garota
a) seguiu cuidadosamente a simpatia.
b) não entendeu muito bem o que a simpatia dizia.
c) não teve tempo de tirar a rosa do vaso, pois seu candidato
apareceu.
d) resolveu fazer a simpatia da sua maneira.
Leia o poema abaixo.
Tem
gente que não tem casa
Mora
ao léu debaixo da ponte
No
céu, a lua espia
Esse
monte de gente na rua
Como
se fosse papel.
Gente
tem que ter onde morar
Um
canto, um quarto, uma cama
Para
no fim do dia
Guardar
o seu corpo cansado
Com
carinho, com cuidado
Que
o corpo é a casa dos pensamentos.
(Roseana
Murray)
36. O poema denuncia um fato
que é um grave problema social. Que fato é esse?
a)
Tem gente que não cuida direito do corpo.
b)
Tem gente que não descansa à noite.
c)
Tem gente que passa à noite espiando a lua.
d)
Tem gente que não tem uma casa digna para morar.
37.
Observe bem os textos e a expressão facial da personagem que está segurando o
jornal. Com base nessa observação conclui-se que:
a) A
violência não é mais novidade.
b) O
jornal é atrativo porque fala de violência.
c) O
texto chama a atenção porque fala da violência.
d) A
violência é sempre uma novidade.
Leia a fábula abaixo
para responder as questões 38, 39 e 40.
Um certo dia, na floresta,
um passarozinho resolveu mergulhar em um rio para ver o quanto era bom nadar.
Só que ele esqueceu que não sabia nadar. De repente, começou a se afogar e
gritar por socorro. Foi quando ia passando por perto uma cobra satisfeita da
vida por já ter se alimentado. Ouvindo o
barulho e o pedido de socorro, a cobra resolveu pular na água e ajudar o
pássaro que se afogava. Segurou-o com sua boca sem machucar e o pôs fora da
água.
Enquanto o bichinho
enxugava e ajeitava cada uma de suas penas, a cobra tirou aquela soneca. Um bom
tempo depois, quando o pássaro estava pronto para voar, a cobra acordou e
sentiu fome. Não pensou duas vezes, foi lá e crau! Devorou o bichinho.
38. Toda fábula tem uma moral
da história, que é um ensinamento que se quer passar. Quais das opções abaixo
melhor serve de moral da história para essa fábula?
a)
Melhor um pássaro na mão do que dois voando.
b)
Quem não tem cão caça com gato.
c)
Melhor não confiar em pessoas estranhas.
d)
Nem sempre quem nos ajuda quer realmente nos fazer
o bem.
39. “Não pensou duas vezes, foi lá e crau!”
A palavra destacada quer dizer que
a)
a cobra comeu o pássaro.
b)
a cobra pisou o pássaro.
c)
a cobra afogou o pássaro.
d)
a cobra enxugou o pássaro.
40. “Um certo dia na floresta”.
As expressões usadas para iniciar a fábula
acima são chamadas adjuntos adverbiais e indicam respectivamente
a)
tempo e modo.
b)
modo e tempo.
c)
tempo e lugar.
d)
modo e lugar.
LEIA O TEXTO
FUGINDO DO
HOSPITAL
O
visitante vai passando pelo corredor do hospital, quando vê o amigo saindo
disparado,
cheio de tubos, da sala de cirurgia:
- Aonde
é que você vai, rapaz?!
- Tá louco, bicho, vou cair fora!
- Mas
qual é, rapaz?! Uma simples operação de apendicite! Você tira isso de
letra.
E o paciente:
- Era o que a enfermeira estava dizendo lá dentro: “Uma operaçãozinha de nada ,
rapaz! Coragem! Você tira isso de letra! Vai fundo,
homem!”
- Então,
por que você está fugindo?
- Porque
ela estava dizendo isso era pro médico que ia me operar!
( Ziraldo. As melhores anedotas do mundo. Rio de Janeiro: Globo,
1988.p.62. )
|
|
8. Na frase: - “ Tá louco, bicho, vou
cair fora!’’ quem pronunciou a mesma foi:
a) a enfermeira b) o visitante c) o paciente d) o médico
9. O paciente estava fugindo porque:
a) percebeu
que o médico estava inseguro e com medo de realizar a cirurgia.
b) estava
nervoso.
c) a
enfermeira estava chorando.
d) estava
com medo do tamanho da tesoura.
Leia
com atenção.
O
bicho
Vi ontem um bicho
Na imundice do pátio
Catando comida entre os detritos.
Quando achava alguma coisa,
Não examinava nem cheirava:
Engolia com voracidade.
O bicho não era um cão,
Não era um gato.
Não era um rato.
O
bicho, meu Deus, era um homem!
BANDEIRA, Manuel. Poesias reunidas. Rio de
Janeiro: Ática, 1985
43. A
expressão “Meu Deus” tem valor exclamativo e significa que o autor
a) alegrou-se com a cena vista.
b) ficou indiferente à cena que presenciou.
c) ficou chocado com o espetáculo.
d)
ficou calmo diante do que via.
Leia
o texto a seguir e responda o item 1.
São Paulo, 12 de dezembro de 2013
Caros Editores da Revista Viagens e Lazer,
Antes de mais nada, gostaria de agradecer
a matéria publicada no mês de outubro intitulada “Lugares Inóspitos do Planeta”
pela riqueza de detalhes e das fotos acrescidas ao texto.
Após ler a matéria, fiz uma lista
dos locais que me interessam conhecer, uma vez que sou antropólogo e um grande
viajante e explorador de lugares.
Quanto a isso, tenho uma sugestão
para o próximo mês, a inclusão de uma matéria sobre as ilhas Fiji. Estive ali
durante dois anos de minha vida e pude contemplar belezas naturais
estonteantes. Parabéns pelo trabalho!
Agradeço a atenção!
João Ribeiro, Porto Alegre (Rio Grande do
Sul)
44. Identifique o título da matéria publicada na Revista
Viagens e Lazer.
(A) lugares inóspitos do planeta.
(B) lugares habitáveis do planeta.
(C) lugares úmidos do planeta.
(D)lugares secos do planeta.
O VERDE
Inácio de Loyola Brandão
Estranha é a cabeça das pessoas.
Uma vez, em São
Paulo, morei numa rua que era dominada por uma árvore incrível. Na época da
floração, ela enchia a calçada de cores. Para usar um lugar-comum, ficava sobre
o passeio um verdadeiro tapete de flores; esquecíamos o cinza que nos envolvia
e vinha do asfalto, do concreto, do cimento, os elementos característicos desta
cidade. Percebi certo dia que a árvore começava a morrer. Secava lentamente,
até que amanheceu inerte, sem folha. É um ciclo, ela renascerá, comentávamos no
bar ou na padaria. Não voltou. Pedi ao Instituto Botânico que analisasse a
árvore, e o técnico concluiu: fora envenenada. Surpresos, nós, os moradores da
rua, que tínhamos na árvore um verdadeiro símbolo, começamos a nos lembrar de
uma vizinha de meia-idade que todas as manhãs estava ao pé da árvore com um
regador. Cheios de suspeitas, fomos até ela, indagamos, e ela respondeu com
calma, os olhos brilhando, agressivos e irritados:
— Matei mesmo essa maldita árvore.
— Por quê?
— Porque na época da flor ela sujava minha calçada, eu vivia varrendo essas
flores desgraçadas.
45. Qual é o
assunto abordado no texto?
(A) Os
diferentes pontos de vista do que é belo.
(B) A beleza de
uma árvore.
(C) A morte
repentina da árvore.
(D) A maldade
da Senhora que envenenou a árvore.
Leia a tira de Fernando Gonsales.
46. Na tira, há uma sequência de frases com verbos de ligação, seguidos de
predicativo. No último quadrinho, a personagem apresenta seu argumento final
para justificar a impossibilidade de romance. Esse argumento é baseado em uma
característica:
(A) essencial.
(B) geográfica.
(C) religiosa.
(D) física.
As boas lições do meu pai
Ana Paula Padrão
“Um dia, numa visita ao meu pai,
notei que ele me olhava longamente, daquele jeito que fazia quando tinha uma
questão na cabeça. E veio o comentário. ‘Sua calça está rasgada’. Era o começo
da tendência dos jeans detonados. ‘Sim, pai, está’, eu respondi. Naquela época
eu já há muito tinha uma profissão e pagava minhas próprias contas. Ele me deu
então aquele olhar apertado e o sorriso de canto de boca que eu conheço tanto.
Era uma aprovação.
[...] A menina que prestava muita
atenção na conversa ganhava aquele meio sorriso do pai. Alguns anos mais tarde
bati o carro dele e trabalhei três meses seguidos para pagar a conta do
conserto. A família criticava o pé pesado da jovem ao volante. Meu pai devolvia
os comentários com aquele mesmo sorriso de ironia e um certo orgulho.
Minha profissão me levou a muitas viagens arriscadas. Guerras, desastres
naturais, acidentes nucleares. Nunca ouvi de meu pai o tradicional, ‘Mas minha
filha, isso é muito perigoso!’, compreensível vindo de um homem da geração
dele. Alguns amigos diziam que ele me criou para agir como um menino. Prefiro
achar que ele me educou para que eu tivesse coragem de ser aquilo que eu
quisesse.” [...]
47. Por que a menina precisou trabalhar 3 (três) meses
seguidos?
(A) Para pagar os estudos.
(B)Para pagar o conserto do carro do pai.
(C) Para pagar os remédios do pai.
(D) para comprar uma calça nova.
48. Quanto tempo a menina precisou trabalhar seguidamente?
(A) dois meses.
(B) Um mês.
(C) Cinco meses.
(D) Três meses.
49. A fala da autora do texto “As boas lições do meu pai”
está no passado porque
(A) ela está recordando momentos com seu pai.
(B) ela está falando da atualidade.
(C) ela está falando de coisas que poderão
acontecer.
(D) ela está vivendo o momento em que fala.
Nhaaac!!!
As plantas
carnívoras têm este nome porque capturam e digerem seres vivos. Mas você não
precisa ter medo. Elas são tão pequenas e delicadas que não oferecem perigo
para nós.
Existem cerca
de 550 espécies dessas plantas no mundo. Os cientistas acham que as primeiras
surgiram na Terra há uns 65 milhões de anos, na época dos dinossauros! A
maioria se alimenta apenas de animais minúsculos, mas algumas podem capturar
pequenos pássaros e roedores.
Armadilha
As plantas carnívoras atraem bichinhos com
suas cores e perfume, mas cada espécie tem um jeito de prendê-los. Algumas se fecham, aprisionando o inseto
quando ele se aproxima. Outras capturam a presa com seus pelos pegajosos. E há
ainda as que têm folhas colantes. É só um bicho pousar nelas e não consegue
mais sair! [...]
(Recreio, nº
2.)
47. A coerência textual está diretamente ligada à coesão
textual, isto é, à conexão entre palavras e partes do texto. Observe a frase
abaixo e responda:
“As plantas carnívoras têm este nome
porque capturam e digerem seres vivos. Mas
você não precisa ter medo.”
A
palavra MAS liga duas ideias do texto: o fato de as plantas digerirem seres
vivos e a possibilidade de o leitor ter medo das plantas. Que sentido a palavra
mas expressa nesse contexto?
(A) Adição.
(B) Oposição.
(C) Causa.
(D) Consequência.
BOCA DE LUAR (Fragmento)
Você tem boca de luar, disse o rapaz para a namorada, e a namorada riu, perguntou ao rapaz que espécie de boca é essa, o rapaz respondeu que é uma boca toda enluarada, de dentes muito alvos e leitosos, entende? Ela não entendeu bem e tornou a perguntar, desta vez que lua correspondia à sua boca, se era crescente, minguante, cheia ou nova. Ao que o rapaz disse que minguante não podia ser, nem crescente, nem nova só podia ser lua cheia, uai. Aí a moça disse que mineiro tem cada uma, onde é que se viu boca de lua cheia, até parece boca cheia de lua, uma bobice. O rapaz não gostou de ser chamada de bobice a sua invenção, exclamou meio espinhado que boca de luar, mesmo sendo de luar de lua cheia, é completamente diferente – insistiu: com-ple-ta-men-te – de boca cheia de lua; é uma imagem poética[...]
Carlos Drummond de Andrade
48. O trecho da crônica representa a conversa entre um casal de namorados. O objetivo do rapaz, ao dizer que a moça tem boca de luar, foi
a) fazer uma piada.
b) fazer uma crítica.
c) fazer um elogio.
d) fazer uma brincadeira.
Leia o poema a seguir, que se aproxima bastante de uma crônica, pois capta um assunto do cotidiano:
Retrato
"Eu não tinha este rosto de hoje,
assim calmo, assim triste, assim magro,
nem estes olhos tão vazios, nem o lábio amargo.
Eu não tinha estas mãos sem força,
tão paradas e frias e mortas;
eu não tinha este coração que nem se mostra.
Eu não dei por esta mudança,
tão simples, tão certa, tão fácil:
Em que espelho ficou perdida a minha face?“
( Poema de Cecilia Meireles)
49. Com base no poema, pode-se afirmar que ele
a) apresenta um autorretrato.
b) demonstra um novo rosto.
c) transmite a alegria da mudança.
d) expressa emoção de se sentir jovem.
Leia a crônica abaixo para responder à questão:
O Homem Nu (Fragmento)
Fernando Sabino
Ao acordar, disse para a mulher:
— Escuta, minha filha: hoje é dia de pagar a prestação da televisão, vem aí o sujeito com a conta, na certa. Mas acontece que ontem eu não trouxe dinheiro da cidade, estou a nenhum.
— Explique isso ao homem — ponderou a mulher.
— Não gosto dessas coisas. Dá um ar de vigarice, gosto de cumprir rigorosamente as minhas obrigações. Escuta: quando ele vier a gente fica quieto aqui dentro, não faz barulho, para ele pensar que não tem ninguém. Deixa ele bater até cansar — amanhã eu pago.
Pouco depois, tendo despido o pijama, dirigiu-se ao banheiro para tomar um banho, mas a mulher já se trancara lá dentro. Enquanto esperava, resolveu fazer um café. Pôs a água a ferver e abriu a porta de serviço para apanhar o pão. Como estivesse completamente nu, olhou com cautela para um lado e para outro antes de arriscar-se a dar dois passos até o embrulhinho deixado pelo padeiro sobre o mármore do parapeito. Ainda era muito cedo, não poderia aparecer ninguém. Mal seus dedos, porém, tocavam o pão, a porta atrás de si fechou-se com estrondo, impulsionada pelo vento.
50. O texto de Fernando Sabino é uma crônica que
a) narra, em versos, um fato comum do cotidiano.
b) narra mudanças de hábito na vida das personagens.
c) narra um fato comum do cotidiano sem humor.
d) narra um fato do cotidiano de forma humorística.
Leia o texto e depois resolva as questões 4 e 5:
A outra noite
Rubem Braga
Outro dia fui a São Paulo e resolvi voltar à noite, uma noite de vento sul e chuva, tanto lá como aqui.
Quando vinha para casa de táxi, encontrei um amigo e o trouxe até Copacabana; e contei a ele que lá em cima, além das nuvens, estava um luar lindo, de Lua cheia; e que as nuvens feias que cobriam a cidade eram, vistas de cima, enluaradas, colchões de sonho, alvas, uma paisagem irreal.
Depois que o meu amigo desceu do carro, o chofer aproveitou um sinal fechado para voltar-se para mim:
- O senhor vai desculpar, eu estava aqui a ouvir sua conversa. Mas, tem mesmo luar lá em cima?
Confirmei: sim, acima da nossa noite preta e enlamaçada e torpe havia uma outra - pura, perfeita e linda.
- Mas, que coisa...
Ele chegou a pôr a cabeça fora do carro para olhar o céu fechado de chuva. Depois continuou guiando mais lentamente. Não sei se sonhava em ser aviador ou pensava em outra coisa.
- Ora, sim senhor...
E, quando saltei e paguei a corrida, ele me disse um "boa noite" e um "muito obrigado ao senhor" tão sinceros, tão veementes, como se eu lhe tivesse feito um presente de rei.
51. Na crônica, a frase que apresenta sentido conotativo é
a) [...] resolvi voltar à noite, uma noite de vento sul e chuva [...]
b) [...] encontrei um amigo e trouxe de Copacabana [...]
c) [...] colchões de sonho, alvas, uma paisagem irreal [...]
d) [...] Ele chegou a pôr a cabeça fora do carro para olhar[...]
52. A expressão “noite preta, enlamaçada e torpe”, em linguagem metafórica, conotativa, serve para fazer referência à
a) noite sem luar e chuvosa.
b) noite clara e brilhante.
c) noite chuvosa e fria.
d) noite bela e calma.
Leia e resolva as questões 6 - 10:
A nuvem
— Fico admirado como é que você, morando nesta cidade, consegue escrever uma semana inteira sem reclamar, sem protestar, sem espinafrar! E meu amigo falou da água, telefone, Light em geral, carne, batata, transporte, custo de vida, buracos na rua, etc. etc. etc. Meu amigo está, como dizem as pessoas exageradas, grávido de razões. Mas que posso fazer? Até que tenho reclamado muito isto e aquilo. Mas se eu for ficar rezingando todo dia, estou roubado: quem é que vai aguentar me ler? Acho que o leitor gosta de ver suas queixas no jornal, mas em termos.
Além disso, a verdade não está apenas nos buracos das ruas e outras mazelas. Não é verdade que as amendoeiras neste inverno deram um show luxuoso de folhas vermelhas voando no ar? E ficaria demasiado feio eu confessar que há uma jovem gostando de mim? Ah, bem sei que esses encantamentos de moça por um senhor maduro duram pouco. São caprichos de certa fase. Mas que importa? Esse carinho me faz bem; eu o recebo terna e gravemente; sem melancolia, porque sem ilusão. Ele se irá como veio, leve nuvem solta na brisa, que se tinge um instante de púrpura sobre as cinzas de meu crepúsculo.
E olhem só que tipo de frase estou escrevendo! Tome tenência, velho Braga. Deixe a nuvem, olhe para o chão — e seus tradicionais buracos.
Rubem Braga, Ai de ti, Copacabana
53. É correto afirmar que, a partir da crítica que o amigo lhe dirige, o narrador cronista
a) reflete sobre a obrigação de escrever sobre assuntos exigidos pelo público.
b) reflete sobre a oposição entre literatura e realidade.
c) reflete sobre diversos aspectos da realidade e sua representação na literatura.
d) defende a posição de que a literatura não deve ocupar-se com problemas sociais.
54. Em "E olhem só que tipo de frase estou escrevendo! Tome tenência, velho Braga", o narrador
a) chama a atenção dos leitores para a beleza do estilo que empregou.
b) revela ter consciência de que cometeu excessos com a linguagem metafórica.
c) exalta o estilo por ele conquistado e convida-se a reverenciá-lo.
d) percebe que, por estar velho, seu estilo também envelheceu.
55. Com relação ao gênero do texto, é correto afirmar que a crônica
a) parte do assunto cotidiano e acaba por criar reflexões mais amplas.
b) tem como função informar ao leitor sobre os problemas cotidianos.
c) apresenta uma linguagem distante da coloquial, afastando o público leitor.
d) tem um modelo fixo, com um diálogo inicial seguido de argumentação objetiva.
56. No trecho “sem melancolia, porque sem ilusão” subentende-se que o narrador
a) sente-se incapaz de assumir compromissos amorosos e, por isso, não sofre.
b) não acredita no amor e, por isso, não sofre.
c) sabe que já está velho demais para o amor.
d) sente-se emocionalmente maduro e, por isso, não teme desilusões amorosas.
57. O texto apresenta um escritor inquieto a partir da reflexão que faz sobre
a) os problemas da sociedade.
b) as suas dificuldades literárias.
c) as suas antigas amizades.
d) os temas das suas crônicas.
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