MENSAGEM

"As raízes do estudo são amargas, mas seus frutos são doces." (Aristóteles)

ALGUNS TIPOS DE GÊNEROS TEXTUAIS



         Gêneros textuais são os nomes dado às diferentes formas de linguagem que circulam socialmente, sejam mais informais ou mais formais.

     Gêneros textuais normalmente estão associados aos estudos literários, científicos e técnicos diferentes dos tipos dos gêneros textuais, a qual é considerada mais simples de ser estudados. Os gêneros textuais possuem suas características e contribuem para ordenar e estabilizar atividades comunicativas no nosso dia-a-dia.




Veja quais são os gêneros textuais e suas características discursivas.




  • A Carta Argumentativa
A carta argumentativa é um texto que, como a própria nomenclatura revela, pauta-se por persuadir o interlocutor por meio dos argumentos por ela atribuídos. A intencionalidade discursiva é retratada por uma reclamação e/ou solicitação por parte do emissor no sentido de convencer o destinatário de forma específica (geralmente na pessoa de uma autoridade ou alguém com poder de decisão) a fim de que o mesmo possa atender à solicitação ora realizada.

No que se refere à linguagem, esta poderá ou não ser totalmente objetiva, mas certamente deverá ser clara e coesa. 

Quanto à estrutura, ela compõe-se dos seguintes elementos:

# Local e data;
# Identificação do destinatário; 
# Vocativo – o nome da pessoa para a qual a carta é endereçada. Neste caso, o pronome de tratamento ocupa lugar de destaque, dependendo do grau de ocupação/função desempenhada.

# Corpo do texto – É a exposição do assunto em si, de forma a abordar todos os aspectos pertinentes de maneira clara, sucinta e precisa.

# Expressão de despedida – Tal procedimento pode variar em se tratado do grau de intimidade entre os interlocutores, podendo ser mais formal ou denotando certa informalidade.

# Assinatura do remetente.

  • A carta pessoal se classifica como um gênero textual especificamente utilizado na comunicação entre pessoas que mantêm um vínculo de relacionamento, cuja finalidade discursiva pode pautar-se por objetivos diversos – fazer um convite, atribuir agradecimentos, trocar notícias entre os interlocutores envolvidos, relatar sobre um passeio, dentre outros. 

    Quanto aos aspectos de natureza linguística, a carta pessoal, assim como bem retrata a própria nomenclatura, se difere das demais correspondências em que prevalece um certo tecnicismo mediante regras pré-estabelecidas, como por exemplo, a carta argumentativa, a de apresentação e as demais correspondências oficiais.

    Tal divergência se refere ao predomínio de uma linguagem, que varia de acordo com o grau de intimidade entre o remetente e o destinatário, podendo prevalecer tanto o padrão formal quanto o coloquialismo. De modo a efetivarmos nossos conhecimentos acerca das particularidades inerentes ao gênero em questão, atentemo-nos para os seguintes elementos:


    * O local e a data – Geralmente compõem as partes iniciais, se encontrando posicionados à esquerda da folha; 

    * O vocativo – Como se trata de uma comunicação relacionada a um assunto livre, poderá haver o emprego de alguns termos coloquiais, até mesmo gírias ou que denotem uma intimidade maior entre os interlocutores, tais como: Querida amiga; brother, caríssimo companheiro, etc. O vocativo pode ser seguido de dois pontos, vírgula ou não conter nenhum sinal de pontuação;

    * O texto – Trata-se do discurso propriamente dito, sendo desenvolvido de acordo com a finalidade a qual o remetente se propõe;

    * A despedida e a assinatura – Como dito anteriormente, dependendo do grau de intimidade estabelecido pela convivência, a despedida tende a variar, podendo ser formal ou mais cortês, com vista a retratar uma certa afetividade. 
    Quanto à assinatura, constará apenas o nome do remetente, sem atribuição ao sobrenome, algo bem simples, sem resquícios de formalidades. 

    Outro aspecto elementar da referida modalidade está no fato de que ela é enviada pelo correio. Para tanto, precisa-se de todos os dados necessários a fazer com que a comunicação seja realmente efetivada, ou seja, na frente do envelope deverá conter os dados do destinatário– nome, endereço completo e CEP. No verso, deverão constar os dados referentes ao remetente, seguidos também de todos os elementos citados.



  • Estamos acostumados a presenciar pessoas concedendo entrevistas aos veículos de comunicação, ora representados pelo rádio ou televisão, de forma presencial, ou seja, ao vivo. No entanto, há entrevistas que são transcritas para a linguagem escrita, como é o caso da ocorrência em jornais impressos ou revistas. 

    O aspecto que incide na diferença entre a modalidade oral/escrita é justamente as marcas da oralidade, visto que a linguagem corporal, como, por exemplo, gestos, interrupção e retomada de pensamentos, também compõem o perfil do entrevistado.

    Tal gênero possui uma finalidade em si mesmo – a informação. Trata-se da interação entre os interlocutores, aqui representados na pessoa do entrevistador e do entrevistado, cujo objetivo desse é relatar suas experiências e conhecimentos acerca de um determinado assunto de acordo com os questionamentos previamente elaborados por aquele.

    Referindo-nos à questão inerente ao preparo prévio, este se faz necessário em função da credibilidade requisitada pelo gênero em foco. Mesmo sendo algo relacionado à fala, o emprego de um certo formalismo e a adoção de uma postura adequada são imprescindíveis. 

    Analisemos de fato sobre a importância desse ato de proceder como tal. Ora, sabemos que há diferentes tipos de entrevistas, entre elas: a entrevista de emprego, a entrevista médica, a jornalística, dentre outras. A “imagem” que pretendemos passar fala muito a respeito de nós mesmos, daí a importância de nos posicionarmos de maneira condizente com os fatos circunstanciais. 

    Não podemos deixar de mencionar que aliado a esses requisitos também se encontra aquele a que nos é primordial - a busca incessante pelo conhecimento com vistas à amplitude de nossa visão de mundo. No caso do entrevistador, é elementar que, antes de tudo, ele tenha domínio do assunto em referência de modo a elaborar um roteiro de perguntas consideradas plausíveis e, assim, alcançar seus objetivos propostos. 

    Concluindo nossos conhecimentos com relação às particularidades da referida modalidade, analisemos alguns de seus elementos constitutivos. Geralmente, a entrevista costuma compor-se de:

    * Manchete ou título – Como o objetivo é despertar o interesse no público expectador, essa costuma vir acompanhada de uma frase de efeito, proferida de modo marcante por parte do entrevistador. 

    * Apresentação - Nesse momento faz-se referência ao entrevistado, divulgando sua autoridade em relação ao posicionamento social ou relevância no assunto em questão, como, por exemplo, experiência profissional e conhecimentos relativos à situação em voga, como também os pontos principais relativos à entrevista. 

    * Perguntas e respostas – Trata-se do discurso propriamente dito, em que perguntas e respostas são proferidas consoante ao assunto abordado. Em meio a essa interação há um controle por parte do entrevistador para demarcar o momento da atuação dos participantes.


Em se tratando da notícia, qual seria a intenção por ela pretendida? Certamente, a de nos informar sobre uma determinada ocorrência. Trata-se de um texto bastante recorrente nos meios de comunicação de uma forma geral, seja impressa em jornais ou revistas, divulgada pela Internet ou retratada pela televisão.

Em virtude de a notícia compor a categoria preconizada pelo ambiente jornalístico, caracteriza-se como uma narrativa técnica. Tal atribuição está condicionada principalmente à natureza linguística, pois diferente da linguagem literária, que, via de regra, revela traços de intensa subjetividade, a imparcialidade neste âmbito é a palavra de ordem.
Assim sendo, como a notícia pauta-se por relatar fatos condicionados ao interesse do público em geral, a linguagem necessariamente deverá ser clara, objetiva e precisa, isentando-se de quaisquer possibilidades que porventura tenderem a ocasionar múltiplas interpretações por parte do receptor. 
De modo a aprimorar ainda mais os nossos conhecimentos quanto aos aspectos inerentes ao gênero em foco, enfatizaremos sobre seus elementos constituintes:
Manchete ou título principal – Geralmente apresenta-se grafado de forma bem evidente, com vistas a despertar a atenção do leitor.
Título auxiliar – Funciona como um complemento do principal, acrescentando-lhe algumas informações, de modo a torná-lo ainda mais atrativo.
Lide (do inglês lead) - Corresponde ao primeiro parágrafo, e normalmente sintetiza os traços peculiares condizentes ao fato, procurando se ater aos traços básicos relacionados às seguintes indagações: Quem? Onde? O que? Como? Quando? Por quê?
Corpo da notícia – Relaciona-se à informação propriamente dita, procedendo à exposição de uma forma mais detalhada no que se refere aos acontecimentos mencionados.
Diante do que foi exposto, uma característica pertinente à linguagem jornalística é exatamente a veracidade em relação aos fatos divulgados, predominando o caráter objetivo preconizado pelo discurso.


  • A reportagem e seus aspectos relevantes

O cotidiano jornalístico dispõe de vários gêneros, dos quais tomamos conhecimento diariamente, ora retratados oralmente, ora impressos, ou até mesmo veiculados pelo meio eletrônico. A reportagem, assim como a notícia, representa tal modalidade, cujo objetivo é proporcionar ao público leitor/expectador a interação com os fatos decorrentes da sociedade. 
A notícia e a reportagem apresentam aspectos convergentes e divergentes ao mesmo tempo. Em virtude de tal semelhança, daremos ênfase não somente às características inerentes à reportagem, mas também à notícia, no intuito de compreendermos efetivamente sobre suas peculiaridades. 
Os pontos em que se convergem estão relacionados aos aspectos estruturais, ou seja, é comum identificarmos na reportagem os mesmos elementos constituintes da notícia: 
Título ou manchete – Geralmente escrito em letras garrafais (maiúsculas), tem por objetivo atrair a atenção do público-alvo para o que se deseja comunicar. Daí o perfil atrativo, composto por frases concisas, embora bastante objetivas. 
Título auxiliar – Como bem retrata a própria nomenclatura, trata-se de um complemento do título principal, proporcionando um maior interesse por parte do interlocutor. 
Lide – Refere-se ao primeiro parágrafo e, de forma sucinta, apresenta todos os aspectos relevantes da comunicação em pauta, respondendo aos seguintes elementos constitutivos: Como? Onde? Quando? Por quê? Quem? .
Corpo da reportagem – Caracteriza-se pelo desenvolvimento em si, apontando todos os pontos relevantes ao assunto abordado. 
O aspecto divergente é em relação à forma como se apresenta. A reportagem precisa ir além de uma simples notificação, fato representado pela notícia. Ela é resultante de inúmeras relações de causa e efeito, questionamentos, comparações entre pontos de vista diferentes, dados estatísticos, dentre outros pressupostos.
Partindo-se de tais premissas é importante ressaltarmos também sobre como se materializa o tema proferido pela reportagem, podendo este ser narrado de forma expositiva – na qual o repórter se atém à apresentação simples e objetiva dos fatos; interpretativa – modalidade em que se estabelece conexão com acontecimentos já decorridos; e a opinativa – em que há um propósito de convencer o interlocutor acerca de uma determinada opinião.


  • A resenha crítica - Um gênero do âmbito jornalístico




Ao nos referirmos sobre o âmbito jornalístico, torna-se importante mencionarmos acerca de suas finalidades. Sendo estas, basicamente, voltadas para a informação e para a opinião em se tratando dos acontecimentos sociais como um todo. Entretanto, há também uma outra, cuja intenção é informar aos seus leitores sobre as inúmeras opções voltadas para a cultura e lazer referentes a um determinado local. 

A título de comprovação, basta folhearmos algumas páginas de um jornal de grande circulação que lá ela se encontra. Trata-se de uma seção na qual existe toda uma programação relacionada a eventos cinematográficos, teatrais, shows artísticos, mostras culturais, passeios, dentre outros. Conjuntamente a esta, se encontra aquela direcionada para a crítica, cujo objetivo do emissor é descrever sobre o objeto cultural, podendo referir-se a um livro, filme, peça teatral, CD, entre outros, com vistas a estimular ou não o leitor a apreciá-lo. Como bem nos revelam Lakatos e Marconi (1996, p. 90) ao ressaltarem: 


"Resenha crítica é uma descrição minuciosa que compreende certo número de fatos: é a apresentação do conteúdo de uma obra. Consiste na leitura, resumo, na crítica e na formulação de um conceito de valor do livro feitos pelo resenhista. A resenha crítica, em geral, é elaborada por um cientista que, além do conhecimento sobre o assunto, tem capacidade de juízo crítico. Também pode ser realizada por estudantes; nesse caso, como um exercício de compreensão e crítica. A finalidade de uma resenha é informar o leitor, de maneira objetiva e cortês, sobre o assunto tratado no livro ou artigo, evidenciando a contribuição do autor: novas abordagens, novos conhecimentos, novas teorias. A resenha visa, portanto, a apresentar uma síntese das ideias fundamentais da obra."

Em se tratando de termos estruturais, pode-se dizer que o gênero possui uma estrutura livre. Tal afirmativa não quer dizer que não seja prioritário o relatar de seus principais aspectos. De modo contrário, faz-se necessário o destaque de alguns elementos, tais como: 


* Referência bibliográfica – Autor (es), título, subtítulo, local da edição, editora e data.

* Dados referentes ao autor – Quando? Por quê? Onde? 

* Dados referentes ao objeto analisado – De que se trata? O que diz? Possui alguma característica especial? 

* Resumo ou síntese das ideias principais.

* Estilo atribuído pelo objeto de estudo – Conciso, objetivo, simples? Claro, coerente, preciso? Linguagem adequada?

* Forma – lógica, sistematizada? 

Quanto à extensão do texto, esta pode variar conforme o espaço para o qual ela é destinada, sendo que, geralmente se perfaz de um texto mais curto, assemelhando-se a um resumo. 

O abaixo-assinado trata-se de um texto de cunho argumentativo, no qual um determinado grupo de pessoas se mobiliza em prol de uma reivindicação destinada a alguém com poder de decisão, visando à solução da problemática ora requisitada. Lembrando de que, ao nos referirmos sobre este alguém, estamos relacionando-o a reitores de universidades, autoridades políticas de uma maneira geral, síndicos, representantes de bairros, dentre outros.

Tendo em vista a necessidade de formalizar a solicitação por meio de algo que esteja devidamente registrado, visando à credibilidade da mesma, destacaremos alguns pontos que incidirão no momento da escrita, e que, diga-se de passagem, precisam de nossa atenção.

Como se trata de uma comunicação realizada de forma coletiva, embora endereçada a um destinatário específico, a estrutura assemelha-se àquela presente nas cartas. Vejamos, pois:

# Vocativo – Relaciona-se à pessoa para a qual a solicitação é destinada, acompanhada do devido pronome de tratamento, relacionando-o ao cargo/função desempenhado. Como por exemplo: Excelentíssimo Governador, Ilustríssimo Prefeito, dentre outros.
# Corpo do texto – Constitui-se pela exposição da mensagem em si, procurando reforçá-la por meio de argumentos sólidos que justifiquem o objetivo pretendido. 
# Local, data e assinaturas dos solicitantes – permite-se que sejam anexados dados pessoais junto às assinaturas, tais como número do documento de identidade, endereço, profissão, dentre outros.


  • Estamos diante de um gênero textual bastante propagado pelos veículos de comunicação em massa, tais como jornais impressos, revistas e até pelos jornais divulgados no meio eletrônico.
    O gênero textual denominado “anúncio classificado” possui uma característica que lhe é intrínseca, a persuasão. Como a finalidade discursiva pauta-se por divulgar algo, o objetivo é, realmente, persuadir o interlocutor com vistas a satisfazer tal pretensão. 
    Comumente, temos a oportunidade de nos deparar com anúncios de diversas naturezas: venda, troca, aluguel de imóveis, veículos, objetos, dentre outros. Há também aquele anúncio no qual o emissor oferece vagas relacionadas à oferta de empregos, como também existem profissionais que se dispõem a oferecer sua mão de obra de acordo com a sua formação e experiência obtida ao longo do tempo. 
    Em relação à maneira como são dispostos, geralmente costumam ser separados por categoria. Até mesmo por uma questão de estética e organização, como também para facilitar o contato por parte do interlocutor. 
    No que se refere ao discurso, esse se apresenta conciso, claro e objetivo. A presença de uma linguagem não verbal (imagens) atua como uma fonte atrativa. Outro aspecto de total relevância é que o emissor procura estabelecer um contato mais direto com o público-alvo, ao mencionar dados pessoais que possibilitem um contato maior, tais como número de telefone, endereço físico ou eletrônico ou qualquer outro. 

    Analisemos, pois, um pouco mais sobre a estrutura inerente ao gênero em questão:
    Título – Costuma ser atrativo, claro e direto;
    Corpo do texto – Constitui-se das informações necessárias a alcançar o que se pretende, como, por exemplo, dados completos acerca do produto anunciado;
    Meio de contato – Imprescindível para que a comunicação se efetive.



  • Em meio à nossa vivência do dia a dia, estamos a todo instante nos posicionando a respeito de um determinado assunto. Essa liberdade que nos é concedida faz com que nos tornemos seres ímpares, dotados de pensamentos e opiniões acerca da realidade circundante, por vezes absurda e cruel.
    Tal particularidade, relacionada a este perfil singular, desencadeia uma série de posicionamentos divergentes, os quais são debatidos e confrontados por meio de uma interação social – fato que confere uma característica dinâmica à sociedade, visto que, caso contrário, as relações humanas se tornariam frustrantes e monopolizadas.
    De forma específica, atenhamos ao título em questão quando o mesmo perfaz-se de dois termos básicos: Artigo e opinião. Procurando compreendê-los de acordo com seu sentido semântico, surge-nos numa primeira instância, a ideia de algo relacionado à escrita. 
    Munidos de tal percepção, sabemos que a mesma constitui-se de certas particularidades específicas, e mais! Trata-se de um gênero textual comumente requisitado em exames de vestibulares e concursos públicos de uma forma geral. Sendo assim, torna-se imprescindível incorporá-lo aos nossos conhecimentos e, sempre que necessário, colocá-lo em prática. Enfatizaremos então sobre alguns pontos pertinentes à modalidade em referência.
    O artigo de opinião é um gênero textual pertencente ao âmbito jornalístico e tem por finalidade a exposição do ponto de vista acerca de um determinado assunto. Tal qual a dissertação, ele também se compõe de um título, um parágrafo introdutório o qual se caracteriza como sendo a introdução, ao explanar de forma geral sobre o assunto do qual discutirá.
    Posteriormente, segue o desenvolvimento arraigado na desenvoltura dos argumentos apresentados, sempre tendo em mente que esses deverão ser pautados em bases sólidas, com vistas a conferir maior credibilidade por parte do leitor. E por fim, segue a conclusão do artigo, na qual ocorrerá o fechamento das ideias anteriormente discutidas.





  •  A finalidade da biografia a cumprir é justamente deixar o interlocutor informado acerca dos dados biográficos de alguém, ou seja, da vida dessa pessoa. Dessa forma, equivale dizer que, tendo em vista essa finalidade a cumprir (relatar acerca da vida de uma determinada pessoa), a ordem cronológica dos acontecimentos, desde o momento do nascimento, representa fator de extrema preponderância.
    Desse modo, não é descabido afirmamos que se trata de uma ordem bem estruturada e que a intenção é mostrar, passo a passo, os acontecimentos vividos pela pessoa biografada.  Outro aspecto, não menos importante, diz respeito à colocação dos verboshaja vista que, teoricamente, esses devem ser retratados no pretérito perfeito do modo indicativo, que não deixa de ser uma constatação plausível, contudo, podem estar, também, no presente do modo indicativo, o que chamamos de presente histórico. Quanto à pessoa gramatical, obviamente que essa se demarca pela terceira pessoa do singular.

  • Campanha comunitária


    É claro que apenas de citar, já temos uma noção, ainda que vaga, acerca do que se trata, mas como convém, assimilaremos acerca de alguns outros aspectos. O primeiro deles é entender que a finalidade expressa por tal comunicação resulta tão somente na persuasão, ou seja, o objetivo principal é esclarecer a população sobre determinado assunto e, ao mesmo tempo, mobilizá-la, persuadi-la a colaborar.  Dessa forma, desde o início, o texto deve se compor de verbos expressos no modo imperativo, já que a finalidade é essa (persuadir). Assim, a linguagem utilizada, sempre variando com o público para o qual é destinada, tem de estar adequada ao contexto comunicativo, bem como se mostrando um tanto quanto atrativa, geralmente expressa em letras garrafais, grandes.
    Acerca desse último aspecto não é de todo descartada a possibilidade de compreendermos que determinados recursos estilísticos podem ser perfeitamente aceitáveis, dada a natureza da situação em si, por isso, cabe realmente à enunciação cuidar para que os propósitos estejam bem definidos, principalmente porque se trata de algo para convencer, e por que não dizermos para instruir? Sim, instruir, pois pode muito bem, ao conclamar a população para algo, instruí-la também a como proceder diante de uma dada atitude.

  • Carta aberta




    Os gêneros textuais, ora representados pela carta, primam-se por distintos objetivos – o de apenas estabelecer a comunicação de uma forma livre, e aquele em que se predomina a força da argumentação, ou seja, ocasiões em que a intenção do remetente é persuadir o destinatário, no intento de convencê-lo por meio de argumentos plausíveis. 
    Na referida situação, o instinto persuasivo é representado por uma reivindicação destinada a alguém com amplos poderes em manifestar-se acerca do caso, com vistas a concretizar os objetivos propostos pelo emissor, ou seja, promover a solução para a problemática apontada. Esse alguém pode ser uma autoridade política, diretor de um estabelecimento educacional, reitor de uma universidade e até mesmo uma pessoa com grau de hierarquia mais elevado, em se tratando de uma empresa. 
    Aqui, de maneira específica, ater-nos-ermos às particularidades inerentes à carta aberta – caracterizada como sendo um gênero textual de caráter argumentativo pertencente a uma pessoa ou até mesmo a um grupo, cujo objetivo é manifestar-se publicamente, revelando sua opinião ou reivindicando algo. Outro aspecto de total relevância é que, normalmente, ela é veiculada pelos órgãos de imprensa. 
    Quanto aos aspectos estruturais, o gênero em foco apresenta a seguinte estrutura: 

    • Um título: sua finalidade é revelar o destinatário, sendo que este pode ser amplo, como por exemplo, a sociedade como um todo. 

    • A introdução: consta-se de um trecho, geralmente atrativo, que enfatiza o problema a ser resolvido;

    • O desenvolvimento: trata-se da exposição do assunto em si, pautado por argumentos concretos e passíveis de análise, visando a uma posterior solução;

    • A conclusão: encerra todo o discurso, solicitando uma possível solução para o caso abordado.

  • Carta do leitor



    Geralmente veiculada pelos meios de comunicação representados pelos jornais e revistas, a carta de leitor pauta-se pela exposição de determinados comentários por parte do emissor. Ele, ao travar conhecimento sobre uma matéria jornalística divulgada por um jornal ou revista, tem a liberdade de expor sua crítica, apresentar seu elogio, expressar alguma dúvida e até mesmo sugerir algo acerca do assunto ora relatado.
    Quanto aos aspectos referentes à linguagem, há uma flexibilidade no que tange ao público-alvo, ou seja, em se tratando de um público mais jovem, poderá prevalecer uma certa informalidade, e no caso de uma revista destinada à informação, como por exemplo, Veja, Isto é, Superinteressante, dentre muitas outras, a linguagem tende a ser mais formal. 
    Não deixando de mencionar sobre os elementos que a constituem, estes se assemelham aos da carta pessoal, tais como: data, vocativo (a quem a carta se dirige), corpo (a mensagem propriamente dita), despedida e assinatura do remetente. 
    Em virtude de haver variação quanto à complexidade das cartas enviadas (tamanho), a equipe de redação do jornal tem plenos poderes para condensá-las, com vistas a torná-las aptas à publicação, mesmo porque o espaço a elas destinado não é muito amplo. Quando publicadas, as cartas costumam ser agrupadas por assunto, isto é, relacionadas às devidas matérias jornalísticas a que se referem.

  • Cartas de reclamação e de solicitação



    Seja para apresentar reclamações acerca de um problema voltado para a comunidade de uma forma geral, seja para solicitar que algo seja resolvido, o fato é que quanto mais os argumentos apresentados estiverem calcados em bases sólidas, em ideias que realmente farão a diferença no momento de fazer com que o interlocutor se convença de que realmente o problema carece de um olhar mais cuidadoso, mais as possibilidades de retorno poderão ser efetivadas.
    No que se refere à linguagem nelas manifestadas, cabe ressaltar que além de fazer uso do padrão formal, a precisão, objetividade e consistência nos argumentos elencados são, sobretudo, fatores imprescindíveis, preponderantes. Não esquecendo, sobremaneira, de que tais modalidades, assim como os demais gêneros, obedecem a uma estrutura previamente definida, a qual deve ser rigorosamente seguida.
    Dessa forma, entre os elementos, cabe ressaltá-los:
    * Local e data;
    * Identificação do destinatário – por se tratar de alguém cujo cargo ocupado requer um tratamento mais respeitoso, o uso do pronome de tratamento adequado se torna indispensável;
    * Vocativo;
    * Corpo do texto, seguido de argumentos que justifiquem o discurso manifestado;
    * Expressão de despedida;
    * Assinatura;
    * Nome do remetente.

  • Diário de ficção



    A ideia que se tem do diário “íntimo”, uma vez comparada ao diário de ficção, destoa-se, visto que enquanto no diário comum a interlocução reside no próprio “eu”; no ficcional, ela é destinada ao público, isto é, não é feito para ser trancado às sete chaves, mas sim para ser publicado.
    Outro aspecto que também pontua tais diferenças de uma forma significativa diz espeito ao próprio título, demarcado por “ficcional”, em que tudo tem a ver com a Literatura, na qual o emissor acaba mobilizando o leitor a partir das próprias estratégias de comunicação, ou seja, o foco agora não se destina à percepção sensível de alguém que faz anotações para si mesmo(a), mas ao efeito que se deseja produzir no público-leitor.
    Cabe afirmar, ainda, que, enquanto no diário convencional (íntimo) as anotações não possuem cunho retórico, no ficcional, elas assumem totalmente esse aspecto, pois parte do que antes era concebido como individual para social. 
    Sintetizando, temos que no gênero em questão, o propósito enunciativo é agradar os leitores, diferentemente do que ocorre quando a interlocução se destina ao próprio eu subjetivo.
    Como se vê, motivos parecem não faltar para que você aprimore suas habilidades linguísticas no que se refere aos aspectos que norteiam o gênero enfatizado, haja vista fazer parte dos requisitos exigidos nas provas de seleção, como antes enfatizado.

CONTOS DE LUÍS FERNANDO VERÍSSIMO



Dez Coisas que Levei Anos Para Aprender

1. Uma pessoa que é boa com você, mas grosseira com o garçom, não pode ser uma boa pessoa.

2. As pessoas que querem compartilhar as visões religiosas delas com você, quase nunca querem que você compartilhe as suas com elas.

3. Ninguém liga se você não sabe dançar. Levante e dance.

4. A força mais destrutiva do universo é a fofoca.

5. Não confunda nunca sua carreira com sua vida.

6. Jamais, sob quaisquer circunstâncias, tome um remédio para dormir e um laxante na mesma noite.

7. Se você tivesse que identificar, em uma palavra, a razão pela qual a raça humana ainda não atingiu (e nunca atingirá) todo o seu potencial, essa palavra seria "reuniões".

8. Há uma linha muito tênue entre "hobby" e "doença mental".

9. Seus amigos de verdade amam você de qualquer jeito.

10. Nunca tenha medo de tentar algo novo. Lembre-se de que um amador solitário construiu a Arca. Um grande grupo de profissionais construiu o Titanic.
Luís Fernando Veríssimo


Faleceu ontem a pessoa que atrapalhava sua vida...

Um dia, quando os funcionários chegaram para trabalhar, encontraram na portaria um cartaz enorme, no qual estava escrito:

"Faleceu ontem a pessoa que atrapalhava sua vida na Empresa. Você está convidado para o velório na quadra de esportes".

No início, todos se entristeceram com a morte de alguém, mas depois de algum tempo, ficaram curiosos para saber quem estava atrapalhando sua vida e bloqueando seu crescimento na empresa. A agitação na quadra de esportes era tão grande, que foi preciso chamar os seguranças para organizar a fila do velório. Conforme as pessoas iam se aproximando do caixão, a excitação aumentava:

- Quem será que estava atrapalhando o meu progresso ?
- Ainda bem que esse infeliz morreu !

Um a um, os funcionários, agitados, se aproximavam do caixão, olhavam pelo visor do caixão a fim de reconhecer o defunto, engoliam em seco e saiam de cabeça abaixada, sem nada falar uns com os outros. Ficavam no mais absoluto silêncio, como se tivessem sido atingidos no fundo da alma e dirigiam-se para suas salas. Todos, muito curiosos mantinham-se na fila até chegar a sua vez de verificar quem estava no caixão e que tinha atrapalhado tanto a cada um deles.

A pergunta ecoava na mente de todos: "Quem está nesse caixão"?

No visor do caixão havia um espelho e cada um via a si mesmo... Só existe uma pessoa capaz de limitar seu crescimento: VOCÊ MESMO! Você é a única pessoa que pode fazer a revolução de sua vida. Você é a única pessoa que pode prejudicar a sua vida. Você é a única pessoa que pode ajudar a si mesmo. "SUA VIDA NÃO MUDA QUANDO SEU CHEFE MUDA, QUANDO SUA EMPRESA MUDA, QUANDO SEUS PAIS MUDAM, QUANDO SEU(SUA) NAMORADO(A) MUDA. SUA VIDA MUDA... QUANDO VOCÊ MUDA! VOCÊ É O ÚNICO RESPONSÁVEL POR ELA."

O mundo é como um espelho que devolve a cada pessoa o reflexo de seus próprios pensamentos e seus atos. A maneira como você encara a vida é que faz toda diferença. A vida muda, quando "você muda".
Luís Fernando Veríssimo

Minha mulher e eu temos o segredo para fazer um casamento durar:
Duas vezes por semana, vamos a um ótimo restaurante, com uma comida gostosa, uma boa bebida e um bom companheirismo. Ela vai às terças-feiras e eu, às quintas.
Nós também dormimos em camas separadas: a dela é em Fortaleza e a minha, em SP.
Eu levo minha mulher a todos os lugares, mas ela sempre acha o caminho de volta.
Perguntei a ela onde ela gostaria de ir no nosso aniversário de casamento, "em algum lugar que eu não tenha ido há muito tempo!" ela disse. Então, sugeri a cozinha.
Nós sempre andamos de mãos dadas...
Se eu soltar, ela vai às compras!
Ela tem um liquidificador, uma torradeira e uma máquina de fazer pão, tudo elétrico.
Então, ela disse: "nós temos muitos aparelhos, mas não temos lugar pra sentar".
Daí, comprei pra ela uma cadeira elétrica.
Lembrem-se: o casamento é a causa número 1 para o divórcio. Estatisticamente, 100 % dos divórcios começam com o casamento. Eu me casei com a "senhora certa".
Só não sabia que o primeiro nome dela era "sempre".
Já faz 18 meses que não falo com minha esposa. É que não gosto de interrompê-la.
Mas, tenho que admitir: a nossa última briga foi culpa minha.
Ela perguntou: "O que tem na TV?"
E eu disse: "Poeira".
Luís Fernando Veríssimo

Cinema é melhor pra saúde do que pipoca!
Conversa é melhor do que piada.
Exercício é melhor do que cirurgia.
Humor é melhor do que rancor.
Amigos são melhores do que gente influente.
Economia é melhor do que dívida.
Pergunta é melhor do que dúvida.
Sonhar é melhor do que NADA!
Luís Fernando Veríssimo

E POR FALAR EM LADRÃO DE GALINHAS...

"Pegaram o cara em flagrante roubando galinhas de um galinheiro e
levaram para a delegacia.
- Que vida mansa, heim, vagabundo ? Roubando galinha para ter o que
comer sem precisar trabalhar. Vai para cadeia!
- Não era para mim não. Era para vender.
- Pior. Venda de artigo roubado. Concorrência desleal com o comércio
estabelecido. Sem-vergonha!
- Mas eu vendia mais caro.
- Mais caro?
- Espalhei o boato que as galinhas do galinheiro eram bichadas e as
minhas não. E que as do galinheiro botavam ovos brancos enquanto as
minhas botavam ovos marrons.
- Mas eram as mesmas galinhas, safado.
- Os ovos das minhas eu pintava.
- Que grande pilantra...
Mas já havia um certo respeito no tom do delegado.
- Ainda bem que tu vai preso. Se o dono do galinheiro te pega...
- Já me pegou. Fiz um acerto com ele. Me comprometi a não espalhar mais
boato sobre as galinhas dele, e ele se comprometeu a aumentar os preços
dos produtos dele para ficarem iguais aos meus. Convidamos outros donos
de galinheiro a entrar no nosso esquema. Formamos um oligopólio.
Ou, no caso, um ovigopólio.
- E o que você faz com o lucro do seu negócio?
- Especulo com dólar. Invisto alguma coisa no tráfico de drogas. Comprei
alguns deputados. Dois ou três ministros. Consegui exclusividade no
suprimento de galinhas e ovos para programas de alimentação do governo e
superfaturo os preços.
O delegado mandou pedir um cafezinho para o preso e perguntou se a
cadeira estava confortável, se ele não queria uma almofada. Depois
perguntou:
- Doutor, não me leve a mal, mas com tudo isso, o senhor não está
milionário?
- Trilionário. Sem contar o que eu sonego de Imposto de Renda e o que
tenho depositado ilegalmente no exterior.
- E, com tudo isso, o senhor continua roubando galinhas?
- Às vezes. Sabe como é.
- Não sei não, excelência. Me explique.
- É que, em todas essas minhas atividades, eu sinto falta de uma coisa.
Do risco, entende? Daquela sensação de perigo, de estar fazendo uma
coisa proibida, da iminência do castigo. Só roubando galinhas eu me
sinto realmente um ladrão, e isso é excitante. Como agora. Fui preso,
finalmente. Vou para a cadeia. É uma experiência nova.
- O que e isso, excelência? O senhor não vai ser preso não.
- Mas fui pego em flagrante pulando a cerca do galinheiro!
- Sim. Mas primário, e com esses antecedentes..."
Luís Fernando VeríssimoFonte: http://pensador.uol.com.br/contos_de_luis_fernando_verissimo/. Acesso dia 02/07/13.

UMA FAMÍLIA (VOCABULÁRIO)

Abuela:avó Abuelo: avô Padre: pai Madre:mãe Hijo: filho Hija: filha Tío: tio Tía: tia Sobrino: sobrinho Sobrina: sobrinha Primo: primo Prima...